sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Vacinação Antirrábica para cães e gatos será nas regiões leste e oeste neste sábado, 30

Imunização começou pela zona norte e acontece por etapas, nas regiões e nos distritos; calendário vai até o dia 21 de outubro

A população das zonas leste e o este da cidade está convocada pela Secretaria Municipal de Saúde de Marília a levar cães e gatos, neste sábado (30), aos postos da Campanha de Vacinação Antirrábica. O atendimento será das 09h às 17h. Confira abaixo a relação completa dos locais onde a vacina será aplicada. 

O cronograma está sendo cumprido por regiões, aos sábados, e segue até o dia 21 de outubro. Centenas de profissionais participam da campanha e recebem os animais em frente a algumas unidades de saúde, escolas, praças, igrejas e outros locais estratégicos de grande circulação.

Entre a zona leste e o oeste, foram definidos 23 postos de vacinação. O objetivo, conforme explica a secretária municipal de Saúde, Kátia Ferraz Santana, é promover maior conveniência aos moradores, para potencializar os resultados da campanha. 

“É importante que a população não deixe de levar os animais porque a vacina é considerado o meio mais eficaz para mantermos a raiva sob controle”, afirmou.

No último sábado (23), a região norte foi atendida, onde mais de 6 mil animais foram imunizados. Conforme dados da Divisão de Zoonoses de Marília, a meta é imunizar pelo menos 80% dos cães e gatos da população estimada da cidade, dos distritos e zona rural. 

Alunos do curso de graduação em Veterinária, da Universidade de Marília (Unimar), também participam da campanha da vacina antirrábica. O procedimento é rápido, não precisa de segunda dose e o animal só voltará a ser imunizado contra a raiva na próxima campanha.

Após as zonas leste e oeste, serão imunizados cães e gatos na zona sul (07/10) e nos distritos (21/10). A etapa rural contará ainda com equipes que percorrerão as propriedades, visando ampliar a segurança contra a raiva, após atendimento aos distritos.

O veterinário Lupércio Garrido, que integra a equipe da Divisão de Zoonoses, lembra que a estimativa atual é um cão para cada quatro habitantes. Em relação aos gatos, estima-se em um felino para cada 15 moradores. Com base nessa proporção, Marília teria hoje cerca de 74,4 mil animais.

RAIVA MATA

A raiva é uma doença infecciosa que ainda mata, no mundo, cerca de 70 mil pessoas por ano. É transmitida apenas por mamíferos, através da mordida do animal infectado com o vírus do gênero Lyssavirus. Na região de Marília, há registros em bubalinos e equinos, infectados por morcegos hematófagos.

Garrido lembra que o último caso de raiva canina na cidade foi notificado em setembro de 2000. O intervalo de 17 anos sem nenhum caso decorre das ações que incluem a campanha de vacinação, por isso a importância de levar o animal de estimação para aplicação da dose.


Confira os locais de vacinação nas regiões oeste e leste:






quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Movimento Outubro Rosa sai às ruas neste sábado; população está convidada para caminhada

Itinerário da Caminhada Outubro Rosa que acontece neste sábado, a partir das 09h; basta comparecer e participar

Acontece neste sábado (30, a partir das 09h30, com saída na rua Nove de Julho (em frente ao Camelódromo), a Caminhada do Movimento “Outubro Rosa” de Marília. São aguardadas pelo menos mil pessoas, integrantes de organizações diversas como entidades, clubes de serviço, instituições de ensino, igrejas, associações, grupos de voluntariado, empresas e órgãos públicos. 

O trajeto tem cerca de 1 km, passará na rua São Luiz e terminará no Espaço Cultural. O objetivo é chamar a atenção para a importância da informação, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama. A caminhada é organizada pela Prefeitura Municipal de Marília, por meio das secretarias da Saúde, Direitos Humanos e Assistência Social. 


Com essa abertura, explica a secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana, espera-se incentivar os eventos, a decoração e iluminação de espaços na cor rosa e as atividades de livre iniciativa, ao longo do mês de outubro. 

Para participar da caminhada, basta comparecer, preferencialmente, com alguma camiseta ou adereço nas cores rosa ou branco. Haverá distribuição do laço símbolo da campanha. A proposta é uma manhã festiva, com música, animação e muita informação sobre o combate ao câncer de mama.

HISTÓRIA DE VIDA

O desafio de vencer o câncer é uma realidade para milhares de mulheres (e alguns homens) que recebem o diagnóstico todos os anos. A estimativa é que este ano sejam descobertos 60 mil novos casos da doença. É o início de uma luta em que as chances de vitória são grandes, com a identificação precoce.

Clique para acessar a página do Amigos do COM e os vídeos com depoimentos https://youtu.be/hlscyEgn-jY
A comerciante Madalena Colombo Abdo, de 56 anos, recebeu o diagnóstico em 2014. Ela conta que jamais deixou-se abalar e encarou o tratamento com determinação. “Neste mesmo ano fiz a quadrantectomia (retirada de ¼ da mama), oito sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia. Senti muitos efeitos colaterais, mas em momento algum desanimei”, conta.

Hoje a comerciante faz parte da Associação Amigos do COM, ainda realiza acompanhamento com oncologista e mastologista. Seu “tratamento” se completa com o trabalho voluntário na entidade, onde pode ajudar pessoas que passam pelo mesmo desafio.

MOVIMENTO

A iniciativa do município de organizar a caminhada como “pontapé inicial’ das ações, por meio das secretarias, foi elogiada pela comunidade. A servidora Sônia Custódio, coordenadora do Nuac (Núcleo de Apoio à Comunidade) da Famema – Faculdade de Medicina de Marília, destaca que cabe ao Poder Público a tarefa de organizar não apenas a rede de atenção, mas apoiar os movimentos que lutam pela causa.

“É importante que o município assuma esse papel, como um facilitador para que os serviços relacionados à prevenção e tratamento do câncer de mama sejam divulgados, promovidos e possam ajudar ainda mais a população. A caminhada conta com o apoio do Complexo Famema. Vamos levar o tema para as ruas e também para suas atividades internas”, disse Sônia.

A fisioterapeuta Maria Izabel Travitzky, da Santa Casa de Marília, destaca a união em torno da causa. “Com as organizações trabalhando juntas, a prevenção será muito mais divulgada”, afirmou. A mesma avaliação faz o comerciante e rotariano Odair José Vieira, corretor de imóveis e associado do Rotary Club de Marília de Dirceu. “Vamos participar porque é uma causa nobre. Quem não conhece alguém que teve essa doença?”, questiona.

A Caminhada Outubro Rosa terá início na rua Nove de Julho, no quarteirão entre a avenida Ipiranga  e Tancredo Neves (próximo ao Camelódromo). O percurso será Nove de Julho até a rua São Luiz, subindo pela Campos Sales e encerrando no Espaço Cultural. O evento será animado por uma estrutura de som. 

Para suporte aos participantes e também informação sobre o câncer de mama à população em geral, o Ônibus da Saúde estará estacionado na popular “Ilha” em frente à Galeria Atenas. Haverá sorteio de brindes. A Emdurb atuará no apoio do trânsito por meio do Gaoc. (veja abaixo todas as instituições confirmadas).

SERVIÇOS

A secretária municipal da Saúde informou que, como ação de assistência à saúde do município, serão intensificados durante o mês de outubro os serviços voltados à mulher, como a mamografia e o exame Papanicolau. 

Os procedimentos de rotina são realizados através da rede básica. Já o diagnóstico é feito por meio da atenção secundária (Ambulatório de Patologias Mamárias), além dos prestadores de serviços, no caso dos exames mais sofisticados. O tratamento dos casos confirmados também é realizado por meio do SUS, na Santa Casa de Marília e Hospital das Clínicas.

Instituições confirmadas (Caminhada Outubro Rosa)


Associação Amigos do COM – Centro de Oncologia de Marília

Associação do Bairro São Miguel e Adjacências

Corpo de Bombeiros

Emdurb

Espaço 96 Coworking & Eventos

FAMEMA

Força Sindical Regional Marília

Marília Afrofest (4ª edição)

Maternidade e Gota de Leite

PIB – Primeira Igreja Batista de Marília

Rotary Club de Marília de Dirceu

Santa Casa de Marília

Secretaria Municipal da Cultura

Secretaria Municipal da Saúde (serviços e unidades)

Secretaria Municipal de Direitos Humanos

Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social

Senac

Universidade de Marília

Vacinação Antirrábica para cães e gatos será nas regiões leste e oeste neste sábado, 30

Imunização começou pela zona norte e acontece por etapas, nas regiões e nos distritos; calendário vai até o dia 21 de outubro


A população das zonas leste e o este da cidade está convocada pela Secretaria Municipal de Saúde de Marília a levar cães e gatos, neste sábado (30), aos postos da Campanha de Vacinação Antirrábica. O atendimento será das 09h às 17h. Confira abaixo a relação completa dos locais onde a vacina será aplicada. 

O cronograma está sendo cumprido por regiões, aos sábados, e segue até o dia 21 de outubro. Centenas de profissionais participam da campanha e recebem os animais em frente a algumas unidades de saúde, escolas, praças, igrejas e outros locais estratégicos de grande circulação.

Entre a zona leste e o oeste, foram definidos 23 postos de vacinação. O objetivo, conforme explica a secretária municipal de Saúde, Kátia Ferraz Santana, é promover maior conveniência aos moradores, para potencializar os resultados da campanha. 

“É importante que a população não deixe de levar os animais porque a vacina é considerado o meio mais eficaz para mantermos a raiva sob controle”, afirmou.

No último sábado (23), a região norte foi atendida, onde mais de 6 mil animais foram imunizados. Conforme dados da Divisão de Zoonoses de Marília, a meta é imunizar pelo menos 80% dos cães e gatos da população estimada da cidade, dos distritos e zona rural. 

Alunos do curso de graduação em Veterinária, da Universidade de Marília (Unimar), também participam da campanha da vacina antirrábica. O procedimento é rápido, não precisa de segunda dose e o animal só voltará a ser imunizado contra a raiva na próxima campanha.

Após as zonas leste e oeste, serão imunizados cães e gatos na zona sul (07/10) e nos distritos (21/10). A etapa rural contará ainda com equipes que percorrerão as propriedades, visando ampliar a segurança contra a raiva, após atendimento aos distritos.

O veterinário Lupércio Garrido, que integra a equipe da Divisão de Zoonoses, lembra que a estimativa atual é um cão para cada quatro habitantes. Em relação aos gatos, estima-se em um felino para cada 15 moradores. Com base nessa proporção, Marília teria hoje cerca de 74,4 mil animais.

RAIVA MATA

A raiva é uma doença infecciosa que ainda mata, no mundo, cerca de 70 mil pessoas por ano. É transmitida apenas por mamíferos, através da mordida do animal infectado com o vírus do gênero Lyssavirus. Na região de Marília, há registros em bubalinos e equinos, infectados por morcegos hematófagos.

Garrido lembra que o último caso de raiva canina na cidade foi notificado em setembro de 2000. O intervalo de 17 anos sem nenhum caso decorre das ações que incluem a campanha de vacinação, por isso a importância de levar o animal de estimação para aplicação da dose.


Confira os locais de vacinação nas regiões oeste e leste:





terça-feira, 26 de setembro de 2017

Médico do município alerta para a Câncer de Mama; ambulatório soma mais de 8,1 mil atendimentos

Carlos Giandon, mastologista; responsável pelo ambulatório

 Mastologista Carlos Giandon explica como a cidade conseguiu estruturar uma rede integral de serviços


Todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e unidades do programa ESF (Estratégia Saúde da Família) de Marília são porta de entrada para o atendimento à mulher, para acesso à rede que oferecer prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Um dos elos dessa corrente é o Ambulatório de Patologias Mamárias, que funciona no bairro Alto Cafezal. Médico responsável pela unidade, o mastologista Carlos Giandon alerta para a doença e explica como funciona o atendimento.

O câncer de mama, quando detectado na fase inicial (tumores de até dois centímetros e com menos de dois anos) tem probabilidades de cura acima de 75%. Em alguns casos, a chance de sucesso no tratamento chega a 90%. O dado é positivo, mas nem sempre esse diagnóstico precoce acontece.

O ambulatório, equipado com aparelho de ultrassom e estrutura para biópsia, é considerado atendimento secundário. Já a rede básica é classificada como primária. É onde as mulheres são atendidas diariamente, com queixas ou não, que podem indicar a suspeita da doença.

Essa estrutura foi conquistada em 2007, por meio da parceria entre a Prefeitura de Marília e Santa Casa de Misericórdia de Marília, mediante aprovação de projeto e financiamento do Instituto Avon. Durante esse período, o ambulatório já realizou um total de 8.132 atendimentos, além de 4.972 exames de ultrassonografia, 101 biópsias. Foram confirmados 66 casos da doença.

Ambulatório especializado funciona na UBS Alto Cafezal
Carlos Giandon participou da estruturação do serviço e afirma que, com o ambulatório e a capacitação da rede básica, somada aos dois hospitais (Santa Casa e HC) referenciados pelo Sistema Único de Saúde para atender as mulheres com diagnóstico positivo, Marília tem uma situação diferenciada em relação a grande maioria dos municípios.

“O tempo entre a consulta na unidade de saúde próximo de casa e o tratamento hospitalar, quando necessário, é bastante curto em nossa cidade, como deve ser. Por isso é importante que seja feito o acompanhamento. O autoexame e o exame clínico são muito importantes”, afirmou o médico.

Giandon afirma que, apesar do aumento do número de novos casos, as mortes têm se mantido estáveis. Em Marília, segundo o médico, entre 20 e 25 mulheres morrem por ano com a doença. Um dos motivos de não haver aumento na mortalidade, é o avanço no diagnóstico precoce.

Entre as principais causas do crescimento da incidência estão sedentarismo, obesidade, uso indiscriminado de terapias hormonais, aumento do número de mulheres sem filhos e mães (de 1º filho) após os 30 anos, além de deixar de amamentar. Os últimos fatores citados estão relacionados à exposição a hormônios.

PREVENÇÃO

O Ministério da Saúde preconiza que o exame clínico das mamas deve ser feito anualmente, já na mesma consulta em que a mulher realizar o papanicolau. Pode ser feito por um médico ou por enfermeira treinada. Além disso, a partir dos 20 anos, é importante fazer o autoexame das mamas uma vez por mês, logo após a menstruação.

Giandon explica que há ainda, como recurso para prevenção, a mamografia a cada dois anos, indicada pelo Ministério da Saúde para mulheres a partir dos 50 anos. Para quem tem casos de câncer de mama na família (irmã, mãe ou filha) antes dos 50 anos ou já teve em uma das mamas, o exame pode começar a ser feito aos 35.

“Em outubro acontece a campanha, a informação se intensifica, mas é importante lembrar do câncer de mama o ano todo. O assunto precisa ser conversado nas famílias, é necessário superar a desinformação e manter o cuidado com a saúde”, destacou o médico especialista.

CAMINHADA

Caminhada em 2014, organizada pelo Amigos do COM e Santa Casa
Para incentivar os eventos, a decoração e iluminação de espaços na cor rosa e as atividades de livre iniciativa, Marília promove neste sábado (30) a “Caminhada Outubro Rosa 2017”, com saída na rua Nove de Julho, em frente ao Camelódromo, às 09h30.

Basta comparecer, preferencialmente, com alguma camiseta ou adereço nas cores rosa ou branco. Haverá distribuição do laço símbolo da campanha. A proposta é uma manhã festiva, com música, animação e muita informação sobre o combate ao câncer de mama.

A ideia surgiu da reunião de dezenas de entidades e organizações, em encontro organizado pela Prefeitura de Marília, por meio das secretarias da Saúde e da Cultura. Os preparativos foram definidos em duas reuniões, coordenadas pela secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana.

Por meio da Secretaria Municipal da Cultura, a Prefeitura de Marília está organizando um calendário unificado para facilitar a divulgação das ações. Entidades, órgãos públicos e empresas que farão atividades relacionadas neste mês podem enviar um e-mail para agendaculturalmarilia@gmail.com e informar nome do evento, data e hora, local, descrição breve da atividade, realização e telefone para mais informações (site ou telefone).

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Julio César de Carlis e Reprodução Internet


CÂNCER DE MAMA - SINAIS E SINTOMAS

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:

- Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;

- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;

- Alterações no bico do peito (mamilo);

- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;

- Saída espontânea de líquido dos mamilos

As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

UBS recebe médico e pacientes em palestra sobre câncer de mama; diagnóstico e tratamento salvam vidas

Marília conta com hospital referência, ambulatório de patologias mamárias e rede capacitada para encaminhar casos suspeitos

Parceria entre a equipe da UBS (Unidade Básica de Saúde) Nova Marília e o Grupo Amigos do COM levou informação e serviço a dezenas de pessoas, durante café da manhã e palestra na sexta-feira (22). A iniciativa é uma das ações locais do movimento “Outubro Rosa” pela prevenção, diagnóstico precoce, acesso ao tratamento e cura do câncer de mama.

A unidade de saúde recebeu o médico Léo Pastori, cirurgião plástico que integra a equipe do COM (Centro de Oncologia de Marília), instalado na Santa Casa de Misericórdia de Marília. Participaram também as voluntárias do grupo, que desde 2011 oferece suporte aos pacientes e familiares.

O médico explicou aspectos do diagnóstico e do tratamento do câncer de mama. Falou ainda sobre o serviço hospitalar onde atua, a criação do COM e o surgimento do Amigos do COM, que empodera os pacientes, familiares e a sociedade em geral para inúmeras questões relacionadas ao combate à doença.

O encontro contou ainda com depoimentos de mulheres que superaram o câncer de mama. Outras que estão em luta contra a doença relataram o processo e mostraram que, com o tratamento adequado, os recursos necessários e apoio da família, é possível vencer esse mal.

Carolline Ramos Lima Matias, enfermeira gerente da unidade, afirmou que o café da manhã atingiu o objetivo. “Precisamos colocar o assunto em evidência, mostrar que é uma doença importante do ponto de vista de sua gravidade, mas que pode ser superada quando dispomos dos recursos necessários. Todas saíram daqui mais bem informadas e certamente essa informação será difundida”, avaliou.

CAMINHADA

Para incentivar os eventos, a decoração e iluminação de espaços na cor rosa e as atividades de livre iniciativa, Marília promove neste sábado (30) a “Caminhada Outubro Rosa 2017”, com saída na rua Nove de Julho, em frente ao Camelódromo, às 09h30.

Basta comparecer, preferencialmente, com alguma camiseta ou adereço nas cores rosa ou branco. Haverá distribuição do laço símbolo da campanha. A proposta é uma manhã festiva, com música, animação e muita informação sobre o combate ao câncer de mama.

A ideia surgiu da reunião de dezenas de entidades e organizações, em encontro organizado pela Prefeitura de Marília, por meio das secretarias da Saúde e da Cultura. Os preparativos foram definidos em duas reuniões, coordenadas pela secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana.

Por meio da Secretaria Municipal da Cultura, a Prefeitura de Marília está organizando um calendário unificado para facilitar a divulgação das ações. Entidades, órgãos públicos e empresas que farão atividades relacionadas neste mês podem enviar um e-mail para agendaculturalmarilia@gmail.com e informar nome do evento, data e hora, local, descrição breve da atividade, realização e telefone para mais informações (site ou telefone).

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Julio César de Carlis

Saúde aumenta em 5,8% número de vacinas aplicadas em cães e gatos na zona norte

Neste primeiro sábado de campanha foram aplicadas 6.384 doses da vacina antirrábica; próximas regiões atendidas serão as zonas leste e oeste, neste dia 30

Teve crescimento, em relação a 2016, o total de vacinas aplicadas em cães e gatos durante o primeiro sábado da Campanha de Vacinação Antirrábica em Marília. Foram dispensadas 6.384 doses nos postos instalados na região, ante a 6.033 no ano passado. O crescimento de 5,8% pode ser atribuído ao aumento da população canina e felina, ou ainda a conscientização dos moradores. Neste sábado (30), o serviço será disponibilizado nas zonas leste e oeste da cidade (veja abaixo os locais).

Foram imunizados 5.864 cães e 520 gatos. O veterinário Lupércio Garrido Neto, responsável pela Educação em Saúde da Zoonoses de Marília, afirma que, apesar da importância da vacina também para os felinos, a adesão é historicamente baixa, na comparação com os cães. 

Alunos do curso de graduação em Veterinária, da Universidade de Marília (Unimar), participam da campanha. Garrido explica que o procedimento é rápido, não precisa de segunda dose e o animal só voltará a ser imunizado contra a raiva no próximo ano.

Além de receber os animais em frente a unidades de saúde com localização estratégica, escolas, praças, igrejas e outros locais de grande circulação também são pontos de referência para a população. O objetivo é facilitar para os moradores, visando ampliar os resultados da campanha.

META

A meta é imunizar pelo menos 80% dos cães e gatos da população estimada em Marília. A aplicação da vacina está sendo realizado aos sábados. “A vacinação é uma medida muito eficaz na prevenção à raiva. Por isso estamos fazendo um grande chamamento e mobilizando a estrutura da secretaria da Saúde, de acordo com a programação. É uma segurança a mais para o animalzinho, mas também para as pessoas”, disse a secretária municipal de Saúde Kátia Ferraz Santana.

Lupércio Garrido lembra que a estimativa atual é um cão para cada quatro habitantes. Em relação aos gatos, estima-se em um felino para cada 15 moradores. Com base nessa proporção, Marília tem hoje cerca de 74,4 mil animais.

RAIVA MATA

A raiva é uma doença infecciosa que ainda mata, no mundo, cerca de 70 mil pessoas por ano. É transmitida apenas por mamíferos, através da mordida do animal infectado com o vírus do gênero Lyssavirus. Na região de Marília, há registros em bubalinos e equinos, infectados por morcegos hematófagos.

Garrido lembra que o último caso de raiva canina na cidade foi notificado em setembro de 2000. O intervalo de 17 anos sem nenhum caso decorre das ações que incluem a campanha de vacinação, por isso a importância de levar o animal de estimação para aplicação da dose.

Neste sábado (30), a vacina estará disponível das 9h às 17h em 24 locais das zonas leste e oeste. Em caso de dúvida, basta telefonar para 3401-2054 (Divisão de Zoonoses) ou entrar em contato com a unidade de saúde mais próxima, de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.

Confira abaixo os locais de vacinação nas zonas leste e oeste


Sintomas incluem aumento de fígado pâncreas e baço; doença transmitida pelo ‘palha’ pode matar

Flebótomo, conhecido como Mosquito Palha, transmite o protozoário que causa a Leishmaniose
Pequeno inseto, menor que o Aedes, se reproduz e prolifera em matéria orgânica

A leishmaniose é causada por um protozoário transmitido pela picada do Lutzomyia longipalpis, conhecido como “mosquito palha”. O pequeno inseto se alimenta do sangue de cães, porcos e galinhas. Se reproduz facilmente em meio a matéria orgânica, encontrada nos quintais. Entre os sintomas da doença em humanos está a hepatosplenomegalia, ou seja, aumento do fígado, baço e pâncreas. Há risco de morte.

Os cães, além de serem contaminados e desenvolverem a Leishmaniose Visceral Canina, tornam-se hospedeiros do protozoário causador a doença. A transmissão ocorre quando o mosquito pica um animal doente e, em seguida, um humano. 

Por isso a importância da limpeza dos quintais e higiene e cuidado com a saúde dos animais domésticos. Os chiqueiros e galinheiros devem ser eliminados da zona urbana. O município de Marília, inclusive, já iniciou autuações visando o cumprimento dessa norma.

SINTOMAS

A Leishmaniose em humanos é caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza muscular e anemia, entre outras manifestações, como hepatosplenomegalia. Quando não tratada, pode provocar a morte em mais de 90% dos casos. 

Em cães, podem ocorrer perda de peso, falta de apetite, apatia, feridas de pele que não cicatrizam, feridas nas orelhas, lesões oculares, falta de pelo entorno dos olhos. Nos casos em que os rins são afetados, os animais bebem muita água e urinam em grande quantidade. Os sintomas também demoram a surgir nos cães, que podem transmitir a doença mesmo sendo assintomáticos.

Atualmente, conforme protocolo do Ministério da Saúde, o tratamento do cão é admitido mediante a responsabilidade do tutor, mas não assegura o fim do ciclo de transmissão da doença para outros cães e também para humanos. 

Marília notifica caso de leishmaniose no Santa Antonieta e intensifica ações de combate


Morador de 68 anos é o 13º a ter doença confirmada na cidade; agentes da unidade de saúde do bairro redobram atenção e orientação aos moradores

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Marília confirmou um caso de leishmaniose visceral humana no bairro Santa Antonieta (zona norte). Foi a segunda notificação positiva deste ano no bairro e a 13ª na cidade. As ações de controle, por meio dos agentes de endemias que atuam no bairro, estão sendo redobradas. Trabalho educativo é realizado também pela Divisão de Zoonoses. Não houve nenhum caso de óbito neste ano pela doença.

O morador, um homem de 68 anos, unidade de saúde com febre, palidez e queixa de fraqueza e dor torácica. Foi constatada hepatomegalia (aumento do fígado) e ele precisou ser internado para tratamento. Já houve alta médica e o caso está sendo acompanhado pela unidade de saúde do bairro.

A enfermeira Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da Vigilância Epidemiológica do município, explica que a leishmaniose visceral em humanos foi registrada pela primeira vez na cidade em 2011. Nos anos seguintes, a transmissão foi esporádica. No ano passado, a transmissão tornou-se intensa.

“Diferente de outras doenças como a dengue essa parasitose leva alguns meses para apresentar os sintomas. Estamos constatando, hoje, casos em que a pessoa pode ter contraído a doença há oito meses. Não podemos dizer que vamos acabar com a leishmaniose, mas acreditamos que é possível, a médio prazo, controlar e reduzir a transmissão no município”, disse Alessandra.

Para isso, o Grupo Técnico formado por profissionais da Vigilância Epidemiológica, Divisão de Zoonoses e Atenção Básica, com apoio da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), coordena e orienta uma série de atividades. Os trabalhos são acompanhados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo e supervisionadas pelo órgão.

TRIPÉ DE AÇÕES

Os técnicos acreditam, conforme Alessandra, que a intensificação da Educação em Saúde (divulgação; orientação; abordagem próxima à comunidade, nas escolas, nas igrejas), combinadas com o manejo ambiental do lixo orgânico e o inquérito canino para identificação dos reservatórios (cães contaminados) podem levar ao controle da leishmaniose. É a chamada tríade, ou “tripé de ações”. 

Não é possível estimar, porém, em quanto tempo será possível relacionar a queda das notificações ao resultado do trabalho. Pelo fato da doença ter um ciclo longo, é provável que as ações atuais na região de intensa transmissão (Jânio Quadros/Alcides Matiuzzi) surtam efeito a partir de 2018. Mas para isso, o estado de alerta precisar ser mantido.

Desde julho, força-tarefa da Divisão de Zoonoses e outros setores da Saúde, com apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, realiza a tríade nos dois bairros citados. Na semana passada, a área de abrangência foi ampliada para o JK. 

Foto: Júlio César de Carlis

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

‘Setembro Lilás’ contra a Doença de Alzheimer envolve a comunidade em oito unidades de saúde


Nasf, equipes de enfermagem, grupos de atividades físicas das UBSs e demais grupos terapêuticos participam de mobilização

Em um trabalho realizado com apoio técnico do médico e ativista Valdeci Rigolin, oito unidades de saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Marília desenvolvem, em 2017, ações relacionadas ao movimento internacional “Setembro Lilás”, contra a Doença de Alzheimer. Com o envelhecimento da população, a patologia está cada vez mais incidente. As atividades têm como foco a informação, combate ao preconceito e prevenção à doença.

Rigolin é mestre em reabilitação, professor e pesquisador do Centro de Estudos do Envelhecimento, Geriatria e Gerontologia da Famema (Faculdade de Medicina de Marília). Entusiasta do assunto, ele defende a qualidade de vida, bem-estar e convivência como “medicamentos” eficazes contra o Alzheimer.

A iniciativa envolve profissionais do Nasf (Núcleo de Apoio ao Programa Saúde da Família), equipes de enfermagem, grupos de atividades físicas das USFs e (unidades Saúde da Família) e UBSs (Unidades Básicas de Saúde), além dos demais grupos terapêuticos em atividade.

Estão sendo realizadas palestras, encontros para prática de dança, exposições, encontros, roda de conversa e café da manhã. As ações, com atrações específicas por unidade, acontecem em datas distintas nas USFs Novo Horizonte, Jardim Cavallari, Campo Belo – Santa Helena; Aeroporto; Jardim Marília e Jardim Flamingo, além das UBSs Bandeirantes e Cascata.

Em junho, Rigolin promoveu uma capacitação para profissionais do Nasf. O serviço multidisciplinar é formado por profissionais de psicologia, fisioterapia, nutrição, serviço social e educação física. O médico afirma que a rede de saúde é parceira fundamental. Ele destaca ainda a importância do conhecimento sobre a doença.

“Desde 2007, Marília conta com uma lei que institui a ‘Semana Municipal para Avaliação Postural e Educativa sobre a Doença de Alzheimer”. Porém, se as atividades como essas não forem realizadas, tudo fica apenas no papel, enquanto esse mal avança em meio à desinformação. As unidades de saúde estão de parabéns. É fundamental que aconteçam ações e a informação chegue às pessoas”, defende o médico.

MÚSICA NA PRAÇA

Outros eventos estão agendados para este mês na cidade, com o apoio da Prefeitura Municipal. Neste sábado (23), às 16h, tem “Música na Praça Lilás”, no bairro Fragata, em frente a Emei Chapeuzinho Vermelho.

Na programação, música sertaneja raiz com Chiquinho da Viola, apresentação do Coral do Celv (Centro Espírita Luz e Verdade), Braz Sampiere Neto e Orlando Mendonça. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail geracaorigolin@hotmail.com

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Júlio César de Carlis

Saúde aposta em capacitação e valorização dos servidores; treinamentos movimentam PA Sul

Interação medicamentosa, RCP, contenção, fixação de cânula, mobilização, liberação de vias aéreas foram temas; na área motivacional, foco é desenvolvimento humano e sensibilização

A equipe do Pronto Atendimento da Zona Sul, serviço da Secretaria Municipal de Saúde de Marília, realiza neste mês de setembro uma série de treinamentos em áreas diversas. Os objetivos é o aprimoramento nos serviços técnicos e também a motivação dos servidores, através de estratégias diversas, incluindo a música. A iniciativa conta com a parceira da Famema (Faculdade de Medicina de Marília), por meio da residência multiprofissional.

Cerca de 90 profissionais de saúde trabalham no PA Sul, em regime de plantão. Por mês, a unidade de urgência e emergência faz entre nove e dez mil atendimentos. Diariamente, cerca de 350 passam pelo serviço. 

Para quebrar a rotina, som de violino tomou conta dos corredores e salas. Pacientes e servidores aprovaram, mas a atividade não foi uma ação isolada no expediente. A iniciativa de humanização fez parte do curso de capacitação motivacional ministrado pela enfermeira Florence Seabra Dourado e a assistente social Cristiane Damasceno Alves de Araújo, residentes da Famema.

“Foi uma atividade de muito sucesso, que preparou a nossa unidade para outras capacitações e potencializou o aproveitamento em todos os treinamentos”, explicou Maria Ângela Rodrigues de Almeida Souza, gerente da unidade e organizadora das palestras.

Para contemplar todos os colaboradores, o trabalho foi feito em horários diversos, sem nenhum impacto ao atendimento à população. Médicos participaram de uma capacitação interação medicamentosa, com Rosângela Percínio Gianvecchio, médica sanitarista da Secretaria de Estado da Saúde. 

Mais quatro dias de treinamento estão programados, com os funcionários em geral sobre assuntos técnicos da saúde, como intubação, contenção, mobilização, parada cardiorrespiratória e RCP, fixação de cânula e liberação de vias aéreas. Participam também, como instrutoras, a psicóloga Beatriz da Silva Souza e enfermeira Leticia Macorin Pantolfi.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Divulgação

Amanhã tem Vacinação Antirrábica na zona norte

Saúde reforça informação sobre os locais de vacinação; cães e gatos são recebidos em frente a unidades de saúde, escolas, praças e locais de grande circulação. Confira a relação completa

Começa às 09h deste sábado (23), pela zona norte da cidade, a Campanha de Vacinação Antirrábica de Cães e Gatos em Marília. A imunização acontece em frente a unidades de saúde, diante de escolas e outros locais estratégicos definidos pela Secretaria Municipal da Saúde. No sábado seguinte, dia 30 de setembro, a vacinação acontecerá nas regiões leste e leste. Dia 07 de outubro será a vez da zona sul e no dia 21 a campanha será encerrada nos distritos e zona rural.

A meta é imunizar pelo menos 80% dos cães e gatos da população estimada em Marília. O trabalho será realizado somente aos sábados. O objetivo é elevar a cobertura vacinal no município e manter a cidade protegida contra a raiva.

Neste sábado, a vacina será aplicada em 13 locais diferentes na zona norte. Nos bairros mais populosos, foram definidos dois locais. É o caso do Santa Antonieta, por exemplo, onde haverá imunização em frente a UBS Santa Antonieta e em frente ao Ceasa.

Escolas, praças, igrejas e outros locais de grande circulação são pontos de referência para a população. O objetivo, conforme explica a secretária municipal de Saúde, é promover maior conveniência aos moradores, para potencializar os resultados da campanha.

“A vacinação é uma medida muito eficaz na prevenção à raiva. Por isso estamos fazendo um grande chamamento e mobilizando a estrutura da secretaria da Saúde, de acordo com a programação. É uma segurança a mais para o animalzinho, mas também para as pessoas”, disse Kátia.

Alunos do curso de graduação em Veterinária, da Universidade de Marília (Unimar), também participam da campanha da vacina antirrábica. O procedimento é rápido, não precisa de segunda dose e o animal só voltará a ser imunizado contra a raiva na próxima campanha.

O veterinário Lupércio Garrido, que integra a equipe da Divisão de Zoonoses, lembra que a estimativa atual é um cão para cada quatro habitantes. Em relação aos gatos, estima-se em um felino para cada 15 moradores. Com base nessa proporção, Marília tem hoje cerca de 74,4 mil animais.

RAIVA MATA

A raiva é uma doença infecciosa que ainda mata, no mundo, cerca de 70 mil pessoas por ano. É transmitida apenas por mamíferos, através da mordida do animal infectado com o vírus do gênero Lyssavirus. Na região de Marília, há registros em bubalinos e equinos, infectados por morcegos hematófagos.

Garrido lembra que o último caso de raiva canina na cidade foi notificado em setembro de 2000. O intervalo de 17 anos sem nenhum caso decorre das ações que incluem a campanha de vacinação, por isso a importância de levar o animal de estimação para aplicação da dose.

Confira abaixo as outras datas e locais de vacinação:



quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Marília terá ‘Caminhada Outubro Rosa’ para marcar mobilização contra o câncer de mama

Representantes de dezenas de organizações participaram; iniciativa é livre e aguarda o público em geral e novos grupos

População está convidada a participar da caminhada no sábado (30), a partir das 9h30, com saída na rua Nove de Julho, em frente ao Camelódromo

O movimento global “Outubro Rosa” pela informação, prevenção, diagnostico precoce e tratamento do câncer de mama será marcado em Marília por uma ampla agenda do Poder Público, entidades, instituições de saúde, empresas em geral, clubes de serviços e outras organizações da sociedade civil. Para incentivar os eventos, a decoração e iluminação de espaços na cor rosa e as atividades de livre iniciativa, Marília promove a “Caminhada Outubro Rosa 2017”, no dia 30 de setembro (sábado), às 9h30, com saída na rua Nove de Julho, em frente ao Camelódromo.

Basta comparecer, preferencialmente, com alguma camiseta ou adereço nas cores rosa ou branco. Haverá distribuição do laço símbolo da campanha. A proposta é uma manhã festiva, com música, animação e muita informação sobre o combate ao câncer de mama.

A ideia surgiu da reunião de dezenas de entidades e organizações, em encontro organizado pela Prefeitura de Marília, por meio das secretarias da Saúde e da Cultura. Os preparativos foram definidos em duas reuniões, coordenadas pela secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana.


Já confirmaram participação na caminhada clubes de serviço, como o Rotary e Lions; universidades e faculdades de Marília; hospitais; Corpo de Bombeiros, escolas técnicas; entidades do comércio e grandes empresas; associações de moradores; igrejas; associações de moradores; grupos de atividades físicas e órgãos públicos municipais e estaduais.

“O objetivo é chamar a atenção para a questão do câncer de mama, lembrando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento. A doença tem cura, porém é fundamental que seja identificada rapidamente. Para isso, precisamos desde informação e empoderamento das mulheres aos meios necessários para o tratamento eficaz”, disse a secretária.

A médica Sílvia Helena de Cerqueira Cesar Rojas, responsável pelo Programa da Saúde da Mulher, no âmbito da Secretaria Municipal da Saúde, lembra que a campanha Outubro Rosa tem uma história em Marília e já gerou conquistas importantes, através de parceiras.

Uma delas é a implantação do Ambulatório de Patologias Mamárias, que funciona na UBS Alto Cafezal e é referência para toda a rede. Atualmente, casos suspeitos da doença podem ser identificados em qualquer unidade de saúde do município e encaminhados para o ambulatório, onde através de exames clínicos e de imagem, é possível que a paciente (em caso de constatação) receba o diagnóstico e já seja encaminhada à atenção hospitalar. 

A agilidade, nesses casos, é determinante para salvar vidas. A líder comunitária Tereza Aparecida Machado, do bairro São Miguel, a mobilização do Poder Público em parceria com a sociedade fortalece a causa. 

“É muito importante mostrar para a cidade que o câncer de mama é um problema presente, que precisa ser olhado com atenção pelo Poder Público e também pelas pessoas, no dia a dia. Se cada um fizer a sua parte, com mais informação e recursos de tratamento, muitas vidas serão salvas”, disse.

PROGRAMAÇÃO

A Caminhada Outubro Rosa terá início na rua Nove de Julho, no quarteirão entre a avenida Ipiranga  e Tancredo Neves (próximo ao Camelódromo). O percurso será Nove de Julho até a rua São Luiz, subindo pela Campos Sales e encerrando no Espaço Cultural. O evento será animado por uma estrutura de som. 

Para suporte aos participantes e também informação sobre o câncer de mama à população em geral, o Ônibus da Saúde estará estacionado na popular “Ilha” em frente à Galeria Atenas. Haverá sorteio de brindes. A Emdurb atuará no apoio do trânsito por meio do Gaoc. 

Durante o mês de outubro, a Prefeitura de Marília apoia uma série de ações e está organizando, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, um calendário unificado para facilitar a divulgação das ações. Entidades, órgãos públicos e empresas que farão atividades relacionadas neste mês podem enviar um e-mail para agendaculturalmarilia@gmail.com e informar nome do evento, data e hora, local, descrição breve da atividade, realização e telefone para mais informações (site ou telefone).

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Carlos Rodrigues e Júlio César de Carlis

Saúde mantém ações de controle da Leishmaniose; intensificação na zona norte chega ao JK

Mosquito palha, transmissor da leishimaniose; ciclo envolve os cães; criação de porcos e galinhas favorece inseto
Em Marília foram notificados, até agosto, 12 casos de doença; medidas de controle não reduzem a incidência de forma imediata, alertam especialistas

Inquérito sorológico canino, intensificação da informação à população e coleta de materiais orgânicos que podem atrair o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose, estão entre as ações da Secretaria Municipal de Saúde para o controle da doença na cidade. Nesta semana, mais um bairro da zona norte foi incluído na intensificação. 

Depois do Jânio Quadros e Alcides Matiuzzi, moradores do JK já começaram a receber os agentes de saúde, agentes de endemias e veterinários da Divisão de Zoonoses, em visitas específicas para tratar da leishmaniose. O início da coleta de materiais orgânicos (não domésticos) será anunciada em breve.

O grupo técnico que define as estratégias informou que o trabalho ainda não é considerado concluso nos dois bairros anteriores, mas a primeira etapa do ciclo tríade (educação/inquérito/coleta) caminha para o encerramento. A ação visa controlar a doença e evitar que novos moradores sejam contaminados.

A supervisora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Alessandra Arrigoni Mosquini, lembra que diferente da dengue, zika e chikungunya (doenças provocadas pelo Aedes Aegypti) a leishmaniose é uma doença que demora a se manifestar.

“Uma pessoa pode começar a ter os sintomas vários meses após ter contraído a doença. Por isso, não podemos assegurar à população que os novos casos terão redução imediata, porque estamos fazendo a intensificação. A incidência pode continuar elevada por um tempo, até que os resultados das ações possam refletir na curva epidemiológica. Trabalhamos com essa expectativa”, explica.

Dos 12 casos humanos confirmados até agosto, cinco foram nos bairros Jânio Quadros/Alcides Matiuzzi. Uma das notificações é referente ao JK, bairro próximo e com alta densidade de moradores. Ainda na zona norte, foram confirmados dois casos no Palmital, um no Santa Antonieta e um no Primavera (veja relação completa abaixo). 

INQUÉRITO

O veterinário Fábio Saraiva, que coordena o trabalho de campo da equipe que realiza o inquérito canino, explica que ainda não é possível informar os resultados em relação aos cães com a doença nos primeiros bairros apurados. Ele observa, porém, que a maioria dos casos humanos e cães com exames positivos estão concentrados próximos a endereços com criações de porcos e galinhas.

“Aumenta, em pelo menos 40%, o índice de positividade em cães nestas condições. Está sendo feito um trabalho de orientação aos moradores sobre os galinheiros, os chiqueiros e o acúmulo de materiais orgânicos. O risco pode ser potencializado ou reduzido, de acordo com a condição do ambiente”, disse o veterinário.

Moradores que mantém condições propícias a proliferação do mosquito palha já estão sendo notificados. Se o problema persistir, com o apoio da Polícia Militar Ambiental, haverá autuação com multa. 

A secretária municipal de Saúde, Kátia Ferraz Santana, reforçou que o município cumpre os protocolos do Ministério da Saúde para o controle da leishmaniose. 

Desde o início do ano, quando assumiu a pasta, a secretaria é assessorada pelo Grupo Técnico formado por profissionais da Vigilância Epidemiológica, Divisão de Zoonoses e Atenção Básica, com apoio da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias). As ações são informadas ao Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo e supervisionadas pelo órgão.

“A leishmaniose é uma doença grave, sistêmica, com um ciclo de transmissão progressivo e de difícil controle. Marília registrou o primeiro caso em 2011 e a doença progrediu a cada ano, tornando-se endêmica. Teremos que conviver com o risco da transmissão, porém acreditamos que, com estas ações, podemos conter este avanço. As ações são urgentes e estão sendo executadas, porém os resultados não são imediatos”, salientou Kátia.

CONHEÇA O INIMIGO

A leishmaniose é causada por um protozoário transmitido pela picada do Lutzomyia longipalpis, conhecido como “mosquito palha”. O pequeno inseto se alimenta do sangue de cães, porcos e galinhas. Se reproduz facilmente em meio a matéria orgânica, encontrada nos quintais.

Os cães, além de serem contaminados e desenvolverem a Leishmaniose Visceral Canina, tornam-se hospedeiros do protozoário causador a doença. A transmissão ocorre quando o mosquito pica um animal doente e, em seguida, um humano. Por isso a importância da limpeza dos quintais e higiene e cuidado com a saúde dos cães. 

SINTOMAS

A Leishmaniose em humanos é caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza muscular e anemia, entre outras manifestações. Quando não tratada, pode provocar a morte em mais de 90% dos casos. 

Em cães, podem ocorrer perda de peso, falta de apetite, apatia, feridas de pele que não cicatrizam, feridas nas orelhas, lesões oculares, falta de pelo entorno dos olhos. Nos casos em que os rins são afetados, os animais bebem muita água e urinam em grande quantidade. Os sintomas também demoram a surgir nos cães, que podem transmitir a doença mesmo sendo assintomáticos.

Atualmente, conforme protocolo do Ministério da Saúde, o tratamento do cão é admitido mediante a responsabilidade do tutor, mas não assegura o fim do ciclo de transmissão da doença para outros cães e também humanos. 

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Assessoria de Imprensa / PMM



LOCALIZAÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS - 2017

4 – Jânio Quadros
2 – Palmital
1 - JK 
1 – Alcides Matiuzzi
1 – Primavera
1 – Sta Antonieta
1 – Altaneira
1 – Alto Cafezal


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Veterinários ‘detonam’ os mitos sobre a vacina contra a raiva e tiram dúvidas

Ticiane dos Reis (à esquerda), coordenadora da Divisão
Marília inicia campanha neste sábado por etapas, nas regiões da cidade; ação começa na zona norte

Veterinários da Divisão de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde de Marília esclarecem as principais dúvidas sobre a vacina antirrábica, que estará disponível gratuitamente durante campanha a partir do próximo sábado (23). A primeira região atendida será a zona norte da cidade. Lupércio Garrido e Ticiana dos Reis “detonam” alguns mitos e explicam a importância do combate à raiva.

Como toda vacina, a dose contra a raiva é um imunoterápico, ou seja, um medicamento biológico produzido a partir do vírus inativado. Isso significa que a vacina jamais causará a doença, pelo contrário, deixará o organismo do animal protegido contra a patologia.

“É possível, em um percentual muito baixo, que haja alguma reação adversa, porém a vacina não causa a raiva e nem qualquer outro tipo de doença. Essas reações, muito raras, são tratáveis, não persistentes e jamais justificariam que um animal fique desprotegido e possa contrair e transmitir uma doença grave como a raiva”, destaca Garrido.

Lupércio Garrido, durante trabalho de Educação em Saúde
Ticiane lembra que não existe contraindicação em relação ao porte do animal, gestação, ou ainda alimentação. “Não precisa estar em jejum, não há necessidade de aguardar dar cria e não existe contraindicação. Em caso de alguma dúvida, um veterinário deve ser consultado”, alerta.

A vacinação será em pontos definidos pela Divisão de Zoonoses, incluindo unidades de saúde (em frente a unidade), praças, escolas e locais de grande circulação. Os postos funcionarão das 09h às 17h.




Confira outros esclarecimentos e dicas dos veterinários:


  • As vacinas disponibilizadas pelo SUS tem a mesma qualidade das clínicas particulares.
O cultivo celular tem a mesma origem. As vacinas são produzidas na França, pelos mesmos laboratórios. Não existe produto de segunda linha ou variação de qualidade.


  • O animal jamais ficará com sintomatologia nervosa (travando a boca e com salivação).
Vacina não causa a doença contra a qual ela age. Os vírus presente são inativados e servem para gerar imunidade.


  • Não há contraindicação em relação ao porte do animal

Tanto que os gatos, geralmente com menor peso que a absoluta maioria dos cães, também são imunizados


  • A vacina não previne outras doenças, exceto a raiva

Para outras doenças, outras vacinas. A antirrábica protege apenas contra a raiva.


  • A vacina não provoca vômito

Em alguns casos, pode ocorrer febre e prostração do animal, porém os sintomas não se manifestam de forma grave e não desencadeiam outras doenças.


  • A vacina não causa, necessariamente, reações adversas

O índice de indivíduos imunizados com algum tipo de reação, no caso da antirrábica, fica abaixo de 3%.


  • A vacina não protege para a vida toda e precisa ser feita anualmente


  • O cão ou gato não precisa estar em jejum. Se o animal está gestando, não há impedimento.

  • A  vacina só é indicada para animais saudáveis. Se o cão ou gato encontra-se doente, deve ser tratado, antes da imunização contra a raiva

  • O proprietário é responsável por conter o animal no momento da vacinação