segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Cerca de 4 mil pessoas buscam unidades de saúde para atualizar caderneta de vacinação

No total, foram aplicadas 3.749 doses, sendo 1.049 contra a Febre Amarela e 2.690 de vacinas diversas

Balanço divulgado nesta segunda-feira (29) pela Secretaria Municipal da Saúde de Marília indica que cerca de 4 mil pessoas procuraram uma unidade de saúde, no sábado (27), para conferir e atualizar a caderneta de vacinação. No total, foram aplicadas 3.739 doses de vacinas diversas. Em relação a febre amarela, foram dispensadas 1.049 doses em pessoas que ainda não haviam sido imunizadas anteriormente.

A iniciativa reforça a rotina das unidades de saúde e deu oportunidade, principalmente, a trabalhadores e pessoas que não podem comparecer durante a semana. O município de Marília conta com 12 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e 37 equipes do Programa ESF (Estratégia Saúde da Família), que atendem de segunda a sexta-feira, das 07h às 17h.

A maior procura foi registrada na UBS Cascata (centro/leste), seguida da USF Vila Real, USF Costa e Silva (ambas na região sul), JK e Santa Antonieta (zona norte) e Alto Cafezal (oeste). A mobilização envolveu equipes de enfermagem, transportes e apoio.

Depois da febre amarela, a vacina mais aplicada foi o que imuniza contra hepatite B; 1.024 pessoas receberam o imunobiológico. No total, a rede disponibilizou 19 vacinas (com eficácia contra dezenas de doenças). Todas estão previstas no esquema vacinal e são garantidas pelo SUS  - Sistema Único de Saúde.


A enfermeira Renata Rodrigues Plácido dos Santos, responsável pelo Programa Municipal de Imunização, explica que embora fosse a principal preocupação dos usuários, nem todas as pessoas que foram à unidade precisaram ser vacinadas contra a febre amarela. “Marília sempre foi área de recomendação, por isso, grande parte da nossa população está imunizada”, disse.

Ela explica ainda que a ação valorizou a importância da caderneta de vacinação, do esquema vacinal completo e atualizado para os adultos, bem como esclarecimento sobre a indicação de cada vacina. “É muito importante que as pessoas guardem bem a caderneta, como um documento. As doses são administradas conforme recomendação, faixa etária e outros requisitos que o profissional de saúde está apto a verificar”, ressaltou.

A enfermeira reforça que Marília não tem casos de febre amarela confirmado em animais, muito menos em humanos. “São investigadas mortes de macacos, mas como protocolo padrão. Os resultados das análises vão revelar as causas das mortes, que podem, evidentemente, não estarem  relacionados a nenhuma doença. É apenas uma precaução”, destacou.

A Prefeitura de Marília publica em seu site a relação completa das unidades de saúde, com os endereços e telefones. Acesse o endereço (encurtado) https://goo.gl/D96Kub Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (14) 3402-6500.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Júlio César de Carlis

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Saúde abre unidades de Marília neste sábado para atualizar cadernetas de vacinação

População terá oportunidade para verificar se está em dia com a dose única de Febre Amarela e outras vacinas

Para manter a população protegida contra dezenas de doenças, a Secretaria Municipal da Saúde de Marília realiza, neste sábado (27), atendimento especial em todas as unidades da rede básica, com o objetivo de atualização das cadernetas de vacina.

Os moradores de Marília terão uma oportunidade a mais, das 8h às 17h deste sábado, para verificar se estão em dia com a dose única de Febre Amarela e outras vacinas que fazem parte do calendário.

A secretária municipal da Saúde, Kátia Ferraz Santana, lembra que a caderneta de vacinação é um documento importante durante toda a vida. Os profissionais de saúde habilitados estão preparados para fazer a conferência das doses pendentes e a rede abastecida para esta ação.

Conforme a população está sendo adequadamente informada sobre a Febre Amarela, a expectativa é que também não falte vacinas contra esta doença. Se houver falta pontual, em função da grande demanda esperada, o morador poderá buscar outra unidade de saúde ainda no sábado ou aguardar até os próximos dias, sem sofrer nenhum prejuízo a sua saúde.

DOSE CERTA

Atualmente, o Ministério da Saúde preconiza o início da imunização nos primeiros dias de vida e esse acompanhamento segue por toda a vida. Porém, cada vacina tem uma indicação adequada, na idade certa e nas condições de saúde adequadas.

No caso da febre amarela, por exemplo, a dose é única e imuniza para toda a vida. A pessoa deve ser vacinada aos nove meses de vida. Se, por algum motivo, a vacina não foi feita com a idade indicada, poderá ser recebida até os 59 anos, onze meses e 29 dias.

Há contraindicação, porém, para gestantes, quem tem doenças crônicas ou está imunodeprimido. Quem tem a partir de 60 anos precisa da carta declaratória de um médico. As condutas visam à segurança do paciente e são observadas de forma padronizada, por toda a rede.

A enfermeira Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da Vigilância Epidemiológica de Marília, explica que a cidade sempre foi área de recomendação de vacina contra a febre amarela, devido às características do município, mesmo sem o registro de nenhum caso da doença.

“É importante reforçar que não temos nenhum caso de febre amarela confirmado em macacos, muito menos em pessoas. Marília vive uma situação de normalidade, em relação à doença. Por isso precisamos manter a tranquilidade e a rotina da vacinação”, disse Alessandra.

Ela explicou ainda que o esforço adicional, neste sábado, visa à atualização das cadernetas de forma geral e orientar a população para a importância das vacinas.

ALERTA

É fundamental apresentar a caderneta de vacinação e também o Cartão SUS. Marília conta com 12 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e 37 equipes do Programa ESF (Estratégia Saúde da Família) em todas as regiões. O atendimento será das 8h às 17h.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Arquivo/PMM

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Ação de combate à leishmaniose recolhe oito toneladas de orgânicos em quatro dias

Coleta de materiais orgânicos na zona norte da cidade; trabalho é feito na área de maior risco
Moradores de quatro bairros da zona norte podem continuar descartando materiais que podem favorecer o mosquito-palha; importante usar sacos plásticos e deixar em frente às casas

Entre segunda e quinta-feira (18), a ação de manejo ambiental realizada pela Prefeitura de Marília, por meio das secretarias municipais da Saúde e Meio Ambiente/Limpeza Pública, retirou de quatro bairros da zona norte da cidade cerca de oito toneladas de materiais orgânicos que poderiam favorecer a proliferação do mosquito palha. A iniciativa é uma das ações para o controle da Leishmaniose Visceral na região.

A adesão da população tem sido grande, avalia a coordenadora da Divisão de Zoonoses, Ticiana Donatti dos Reis. A principal dificuldade, porém, é com o descarte desse tipo de material que necessita ser acondicionado em sacos plásticos. 

“Pedimos que os moradores utilizem algum tipo de embalagem, principalmente para as folhas, frutas apodrecidas, fezes de animais, enfim, os pequenos detritos orgânicos. Isso facilita a recolha e torna o trabalho mais ágil”, explica a veterinária.

Os resíduos que estão sendo recolhidos são aqueles que, em geral, não podem ser levados pela coleta do lixo residencial doméstico. Neste e no próximo mês, o caminhão da campanha de combate à leishmaniose passará às segundas, quartas e sextas-feiras no Jardim Santa Antonieta e Renata; às terças-feiras no JK e às quintas no Alcides Matiuzzo e Jânio Quadros. O Jardim Renata será atendido após a conclusão no bairro vizinho.

Não serão recolhidos móveis e outros utensílios de uso doméstico não relacionados aos riscos para leishmaniose. Para esse tipo de material, ocorrerão dois mutirões específicos durante o ano, sendo o primeiro já em março. 

MOSQUITO-PALHA 

Para combater o transmissor da leishmaniose, o município atua em três frentes: educação em saúde junto à comunidade, manejo ambiental (limpeza) e inquérito canino, que consiste no exame dos cães da área e orientação aos moradores sobre os cuidados com os animais domésticos.

Diferente do Aedes Aegypti, que necessita de água parada para pôr os ovos, o vetor da leishmaniose bota seus ovos em meio à matéria orgânica e alimenta-se do sangue de animais como galinhas e porcos. Ao picar o cão, a fêmea do mosquito infectado contamina o animal, que torna-se reservatório e fonte de contaminação.

Por isso a importância de não manter galinheiros/chiqueiros em área urbana e cuidar da saúde dos cães, prevenindo parasitas com a coleira com defensivo químico (popularmente conhecida como antipulgas). Os sintomas da doença nos animais são: emagrecimento, perda de pelos, fraqueza, feridas, gânglios inchados, crescimento exagerado das unhas, anemia, entre outros.

A DOENÇA

Em humanos, a leishmaniose pode causar febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, aumento do fígado e do baço (hepatomegalia e esplenomegalia), anemia e palidez. 

Pode ainda comprometer a medula óssea, gerar problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos. Se o diagnóstico e o tratamento não forem realizados adequadamente, a leishmaniose tende a ser fatal.


Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Divulgação

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Prefeitura dialoga com protetores e anuncia ações de responsabilidade do Poder Público

 Castrações em áreas de risco de transmissão de leishmaniose e licitação para recolha, abrigo e destinação de animais são algumas das medidas anunciadas

Protetores independentes e dirigentes de ONGs (organizações não-governamentais) que atuam na cidade em defesa dos animais foram recebidos na tarde desta segunda-feira (15), pela administração municipal, para um diálogo sobre as responsabilidades do Poder Público e da sociedade, para solução dos problemas urbanos, riscos à saúde, maus tratos e abandono.

O grupo que representou várias organizações e voluntários (desvinculados de entidades) foi recebido pelo chefe de gabinete Márcio Spósito; a secretária municipal da Saúde, Kátia Santana, o procurador Alisson Souza e Silva e técnicos da Saúde (Divisão de Zoonoses e Vigilância Epidemiológica).

Os voluntários foram ouvidos pelos gestores e pontuaram questões que vão da castração e incentivo à posse responsável à necessidade de um local para permanência de animais abandonados, para tratamento e doação.

A secretária da Saúde elogiou a atuação dos protetores e destacou a importância de separar o que é bem-estar animal – uma área de apoio ligada ao Meio Ambiente, em que o Poder Público também tem responsabilidades – das ações de saúde pública que envolvem animais. 


“Os recursos da saúde, quando empregados na questão dos animais, tem um foco na preservação da vida humana. Por isso, no caso das castrações, por exemplo, vamos implementar esse ano 1,2 mil castrações a mais na cidade. Esses procedimentos, porém, só poderão ser feitos, pelo menos inicialmente, na região com maior risco de transmissão de leishmaniose”, explicou.

A Prefeitura também não pode, com recursos da Saúde, investir em medicações ou ração, por exemplo. Márcio Spósito, chefe de gabinete, ressaltou que o município está comprometido com uma política de bem-estar animal e posse responsável, mas as ações são focadas na área de meio ambiente e política pública urbana.

“Vamos fazer uma licitação para contratar uma empresa que ficará responsável pela recolha, guarda, alimentação e doação de animais abandonados. É um compromisso nosso, mas tem que ser feito pela via legal, através de um processo licitatório”, destacou.

A enfermeira Luciana Stroppa, integrante da equipe da Vigilância Epidemiológica, explicou as medidas que estão sendo realizadas no controle ambiental, como a ação tríade na zona norte da cidade, área com maior número de casos em humanos.

São três frentes: educação em saúde junto à comunidade, manejo ambiental (limpeza) e inquérito canino, que consiste no exame dos cães da área e orientação aos moradores sobre os cuidados com os animais domésticos.

A Prefeitura reforçou a importância dos protetores para a importância de parceiras, com as ONGs e voluntários, para trabalhos como Educação Ambiental voltado aos animais domésticos, incentivo à posse responsável e Educação em Saúde, para o controle de zoonoses.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Mauro Abreu

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Zoonoses capacita agentes de saúde; coleta de materiais orgânicos recomeça segunda, 15

Agentes já trabalham na orientação aos moradores dos bairros onde caminhões irão recolher os resíduos

Moradores de cinco bairros da zona norte de Marília, área com maior risco de transmissão de leishmaniose, poderão colocar em frente as casas materiais orgânicos como galhos, folhas, madeira e objetos sujeitos a apodrecer nos quintais a atrair o mosquito-palha, causador da doença. Para ampliar a capacitação de agentes comunitários de saúde, veterinários da Divisão de Zoonoses ministraram um treinamento. Os vereadores Cícero do Ceasa e João do Bar participaram e irão colaborar para a mobilização da comunidade. 

Os resíduos que serão recolhidos são aqueles que, em geral, não podem ser levados pela coleta do lixo residencial doméstico. É importante que os moradores usem sacos plásticos no caso das folhas, material apodrecido ou fezes.


Durante o mês de janeiro e fevereiro, o caminhão da campanha de combate à leishmaniose passará às segundas, quartas e sextas-feiras no Jardim Santa Antonieta e Renata; às terças-feiras no JK e às quintas no Alcides Matiuzzo e Jânio Quadros. O Jardim Renata será atendido após a conclusão no bairro vizinho.

Não serão recolhidos móveis e outros utensílios de uso doméstico não relacionados aos riscos para leishmaniose. Para esse tipo de material, haverá mutirão específico durante o ano, com datas a serem divulgadas pela Prefeitura.

SOMOS TODOS AGENTES 

Os ACSs (Agentes Comunitários de Saúde), ACEs (Agentes de Combate a Endemias), Supervisores de Saúde, junto com os veterinários, e demais colaboradores da Divisão de Zoonoses estarão envolvidos na chamada “ação tríade”. 

A população em geral também precisa participar, por isso o envolvimento de lideranças como os vereadores Cícero e João do Bar, que prestigiaram a capacitação e se comprometeram a ajudar na organização dos moradores.

São três frentes: educação em saúde junto à comunidade, manejo ambiental (limpeza) e inquérito canino, que consiste no exame dos cães da área e orientação aos moradores sobre os cuidados com os animais domésticos.


A veterinária Tiaciana Donatti dos Reis, coordenadora da Divisão de Zoonoses, tem percorrido as unidades de saúde para municiar os agentes de saúde com informações. Ao lado do veterinário Lupércio Garrido Netto e demais integrantes da equipe, ela ministrou treinamento essa semana para os agentes do Santa Antonieta e Jardim Renata. 

“Acreditamos que a ação tríade é capaz de desacelerar a transmissão e controlar a doença”, disse a veterinária. “Essa capacitação é de suma importância e será levada para outras unidades. Precisamos que, em termos de informação, a cidade toda tenha esse conhecimento. Nossos agentes são os multiplicadores”, completou Lupércio.

GALINHAS E CHIQUEIROS

A exemplo da guerra ao Aedes Aegypti, o combate ao flebótomo (mosquito-palha) exige mobilização social. Mas as semelhanças param por aí. O inseto que transmite a leishmaniose se reproduz em meio à matéria orgânica, como galhos, folhas secas, restos de madeira, frutas apodrecidas, fezes de animais e outros rejeitos em decomposição. 

Por isso, é fundamental que a população vistorie os quintais e elimine os focos. Os agentes de saúde também orientarão sobre a proibição à criação de porcos e galinhas no perímetro urbano. 

A prática é vedada pelo Código Sanitário Estadual, disposto pelo item I do artigo 14 da lei 10.083/98 e artigo 538 do Decreto 12.342/78, ambos válidos em todo território paulista. As criações propiciam ambientes favoráveis a proliferação do mosquito, oferecendo farta matéria orgânica para a fêmea botar os ovos e sangue para a alimentação do mosquito. 

Além das galinhas, o mosquito-palha se alimenta do sangue dos cães, que acabam sendo reservatórios do parasita e adoecem. Por isso a importância de proteger os animais domésticos. A medida mais eficiente, conforme recomendação dos veterinários, é o uso de coleiras químicas adequadas que afastam os insetos.

Em 2017, foram registrados 14 casos positivos. Outras três ainda estão sob investigação. Não houve nenhum óbito pela doença, conforme dados da Vigilância Epidemiológica do município.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Júlio César de Carlis

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Saúde prepara ação concentrada contra leishmaniose em mais três bairros na zona norte

Coordenadora da Zoonoses e supervisor de Saúde orientam agentes durante reunião na UBS Santa Antonieta

Haverá coleta de materiais orgânicos no Jardim Santa Antonieta, Renata, Alcides Matiuzzo, além da sequência dos trabalhos iniciados em 2017 no Jânio Quadros e JK


A Secretaria Municipal da Saúde de Marília prepara, para este mês, ampliação da área de ação concentrada no combate à leishmaniose. Caminhões irão circular em mais três bairros da zona norte, além do JK e Jânio Quadros (iniciados em 2017), para recolher materiais orgânicos que os moradores serão orientados a deixar em frente às casas. A data de início da coleta ainda será divulgada.

Nesta terça-feira (09), a coordenadora da Divisão de Zoonoses, Ticiana Donati dos Reis, esteve na UBS (Unidade Básica de Saúde) Santa Antonieta e na USF (Unidade Saúde da Família Jardim Renata), acompanhada do supervisor de saúde da área.

Ela explicou como o trabalho será realizado. As coletas acontecerão às segundas, quartas e sextas-feiras no Jardim Santa Antonieta e Renata; às terças-feiras no JK e às quintas no Alcides Matiuzzo e Jânio Quadros.

“Vamos entrar com o manejo ambiental (coleta de materiais propícios ao mosquito transmissor da leishmaniose) e na sequência será iniciado o inquérito canino (coleta de sangue e exame dos cães) nestes bairros. Simultaneamente, será feito um trabalho forte de Educação em Saúde, envolvendo a comunidade”, disse.

Agente de saúde da USF Renata recebe orientação; bairro será atendido após conclusão no Santa Antonieta

“Combater a leishmaniose é um grande desafio, mas acreditamos que é possível reduzir a transmissão com estas ações concentradas. No Jânio Quadros, área onde já foi feito esse trabalho, não tivemos novos casos. Evidente que esse resultado é parcial e não podemos esmorecer, mas é uma indicação de que o caminho é esse”, disse.

ENVOLVIMENTO

A exemplo da guerra ao Aedes Aegypti, o combate ao flebótomo (mosquito-palha) exige envolvimento da população. Mas as semelhanças param por aí. O inseto que transmite a leishmaniose se reproduz em meio à matéria orgânica, como galhos, folhas secas, restos de madeira, frutas apodrecidas, fezes de animais e outros rejeitos em decomposição. 

Flebótomo, popularmente conhecido como "mosquito-palha" é o transmissor da Leishmaniose para humanos e cães
Por isso, é fundamental que a população vistorie os quintais e elimine os focos. Os agentes de saúde também irão orientar sobre a proibição à criação de porcos e galinhas no perímetro urbano. A prática é vedada pelo Código Sanitário Estadual, disposto pelo item I do artigo 14 da lei 10.083/98 e artigo 538 do Decreto 12.342/78, ambos válidos em todo território paulista.

As criações propiciam ambientes favoráveis ao transmissor da leishmaniose. Além das galinhas, o mosquito se alimenta do sangue dos cães, que acaba sendo reservatório do parasita que causa a doença. Por isso a importância de proteger os animais domésticos. A medida mais eficiente, conforme recomendação dos veterinários, é o uso de coleiras que afastam os insetos.

Em 2017, foram registrados 14 casos positivos. Outras três ainda estão sob investigação. Não houve nenhum óbito pela doença, conforme dados da Vigilância Epidemiológica do município.

Texto e fotos: Carlos Rodrigues