quinta-feira, 20 de julho de 2017

‘O melhor é que estamos sendo ouvidos’, diz enfermeira responsável pela UBS Santa Antonieta

Enfermeiras Fabiana e Denise, com a secretária de saúde Kátia Santana
Denise Lopes Meira, gerente da UBS Santa Antonieta, está na rede municipal desde a década de 80

Para reformar e entregar à comunidade a nova UBS (Unidade Básica de Saúde) Santa Antonieta, a Secretaria Municipal de Saúde de Marília fez questão de valorizar a participação dos servidores. A experiência de quem atende a população no território de abrangência (estimativa de 20 mil pessoas), é fundamental para que as adaptações sejam adequadas e tudo funcione corretamente.

A vida profissional da enfermeira Denise Lopes Meira, gerente da unidade, se confunde com a próxima história da UBS Santa Antonieta. Ela ingressou no serviço público municipal por concurso na década de 1980 e assumiu a unidade, inaugurada em 1989.

“As ruas eram de terra. Aqui era um poeirão terrível. Havia poucas casas e muitos terrenos vagos no bairro. Não era fácil, mas encarei o desafio de ser a primeira enfermeira e estou aqui até hoje”, conta a profissional apaixonada pela Saúde Pública, que já ajudou a organizar outras UBSs.

Denise Lopes Meira
Há oito anos, a mudança para o imóvel alugado era para ser provisória. Porém, somente agora os servidores estão retornando ao prédio próprio. “Já estávamos até desistindo, mas o prefeito Daniel e a secretária Kátia tiveram esse olhar de prioridade para nossa unidade e, felizmente, o sufoco está acabando. O melhor de tudo é que nós, que vamos trabalhar aqui, fomos ouvidos durante a obra. Pudemos orientar o pessoal que estava trabalhando sobre como precisávamos que fosse feito”, comemora a enfermeira.

A VOLTA PARA CASA

Em seis meses, a gestão do prefeito Daniel Alonso resolveu um problema de quase oito anos. A casa alugada para abrigar provisoriamente a unidade era sinônimo de sufoco.

O “aperto” era tanto que parte da equipe atendia em outras unidades. Salas improvisadas, bancadas de pias e cubas em condições precárias, uso de plástico PVC e toldos para improvisar ambientes.

Ana Maria de Souza
O fim do aperto é comemorado por toda a equipe, formada por cerca de 40 profissionais. Mas para a auxiliar de serviços gerais Ana Maria de Souza, servidora há 27 anos, a nova condição de trabalho tratá muitas diferenças. 

“Como se faz para limpar um lugar abarrotado, tudo lotado, caixa e móveis apertados, improviso para todo lado? É muito difícil, na verdade estava quase impossível”, afirma Ana Maria.

A agente comunitária de saúde Agenir Miguel Vilas Boas conta que não havia espaço nem para as reuniões. A falta de estrutura prejudicava também o acondicionamento adequado de material de trabalho e documentos. “É a sensação de voltar para casa”, define.

Enfermeira Fabiana
A enfermeira assistencial Fabiana Veronez Gimenez, que se dedica há saúde pública desde que se formou, acredita que é possível construir um SUS melhor, mas é preciso boa vontade dos gestores e compreensão da população. “Eu amo o que eu faço e só de pensar que vamos ter uma condição de trabalho melhor, já tenho um ânimo ainda maior”, garante.

O território da unidade abrange os bairros Santa Antonieta I, II e III, Marina Moreti, Altos do Palmital, incluindo três grandes condomínios. A população é estimada em aproximadamente 20 mil habitantes. Cerca de 40 profissionais fazem parte da equipe.

Além da UBS Santa Antonieta, o prédio também irá receber a Farmácia Municipal Zona Norte, a primeira de uma série de estruturas polo para dispensação de medicamentos e assistência farmacêutica à população.

U unidade muda das rua Ilza de Assis Penitente para a Berta Camargo Vieira, esquina com a Avenida Guiomar Novaes, no antigo PA da Zona Norte.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Júlio César de Carlis

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