sexta-feira, 28 de julho de 2017

Secretaria Municipal da Saúde encerra primeiro mês de intensificação com 300 cirurgias de Catarata

Aposentada Aparecida Pereira: antes da cirurgia, dificuldade para leitura

 Meta é zerar a fila até o final deste ano; para agosto, estão previstas mais 200 cirurgias


Principal demanda entre as cirurgias aguardadas no município, a catarata está ficando no passado para centenas de moradores de Marília. A Secretaria Municipal de Saúde informou nesta sexta-feira, 28, o balanço do primeiro mês de intensificação de cirurgias no município. Em julho foram realizados 306 procedimentos.

Com catarata, algumas atividades cotidianas viram grandes desafios. A aposentada Aparecida Pereira, por exemplo, já não conseguia mais fazer uma ligação telefônica, por não visualizar os dígitos no teclado do celular. “Meu filho gravou os números para mim, mas eu não estava mais conseguindo ligar”, disse a idosa, na sala de espera do hospital.

A também aposentada Valdecira Giroto conta que estava difícil ler a Bíblia Sagrada, mesmo com o anúncio de letras grandes, na capa do exemplar. A catarata impõe privações e também o risco de complicações à saúde. Por afetar, na maioria das vezes, idosos, pode comprometer o uso adequado de medicamentos e favorecer as quedas dentro de casa e na rua.

Procedimento é realizado com rapidez, após os exames
Dos 306 procedimentos realizados este mês, 206 foram feitos no HBU (Hospital Beneficente Unimar) e 100 na Santa Casa de Misericórdia. Para agosto, estão agendados 25 na instituição universitária e 165, fora os 15 regulares, na entidade filantrópica.

A secretária municipal de Saúde, Kátia Ferraz Santana, explica que a intensificação é um esforço do prefeito Daniel Alonso, com recursos federais. A pasta está utilizando valores que serão liberados por meio da Portaria 1.294/17, da Estratégia para Ampliação do Acesso aos Procedimentos Cirúrgicos Eletivos, do Ministério da Saúde. 

Em Marília serão investidos R$ 283.385,56 em três meses. Os demais recursos necessários, para zerar a fila, serão aplicados pelo próprio município, até dezembro.

A secretaria municipal de Saúde também está fazendo a regulação dos procedimentos que serão realizados, na cidade, pelos municípios que compõem a CIR-Marília (Comissão Intergestores da Região). As 18 cidades que integram o grupo, excluindo-se Marília, receberão R$ 182.619,96. 

Cada gestor decide, de acordo com as necessidades de suas populações, quais especialidades serão contratadas. Encontro em Marília, com representantes dos hospitais e dos municípios, definiu o plano de trabalho, que já começou a ser executado.

ALERTA ÀS FALTAS

Kátia Santana e as representantes dos serviços destacaram a importância dos pacientes contatados não faltarem na data agendada. Em ações de intensificação anteriores, lembra a secretária, foram observados muitos casos de ausência, uma perda para o SUS (Sistema Único de Saúde) e as pessoas que usam o serviço.

É importante que quando for contatado, convocado pelas instituições, o paciente já informe se poderá ou não comparecer para a cirurgia. Poderá ser proposta uma nova data próxima, mas se o paciente marcar e faltar, ocorre a perda da vaga e consequentemente o recurso. 

“Para nós, a catarata é a prioridade. Vamos continuar trabalhando para a intensificação em outras especialidades, nesse grande esforço para reduzir as filas para cirurgia e exames, de forma geral. A população precisa de um SUS mais resolutivo e estamos caminhando nessa direção”, disse Kátia.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Reprodução TV  RECORD / Gilberto Moreira

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