Doença pode levar o paciente a morte; em 2016 foram notificados 89 casos em Marília
Médicos, profissionais de enfermagem, agentes comunitários de saúde e acadêmicos de graduação e pós-graduação, que atuam na Secretaria Municipal da Saúde de Marília, participaram de encontro temático com a Divisão de Vigilância Epidemiológica. Em pauta, uma doença grave e ainda incidente na maior parte do país: a tuberculose. Somente em 2016, o município notificou 89 casos da doença, com quatro óbitos.
Foram apresentados os indicadores e pactuadas ações com as equipes de saúde, para ampliar o monitoramento da doença. O objetivo, além de identificar, é também ampliar a adesão ao tratamento. Em muitos casos, o abandono da medicação (que tem uso prolongado) está associada aos agravos verificados em pacientes com tuberculose.
Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da Vigilância Epidemiológica no município, afirma que a tuberculose é um mal “esquecido pela sociedade”, doença estigmatizado e apontada como um problema para classes sociais desfavorecidas. Ela esclarece que essa associação é errônea.
“A doença pode ocorrer em todas as classes sociais. O bacilo causador da doença (bacilo de Koch) não escolhe classe. A tuberculose apresenta grande impacto para a saúde pública, é grave se não for descoberta em tempo hábil e pode levar o paciente a morte”, alerta.

“Devemos lembrar que a busca de pacientes sintomáticos respiratórios (pessoas com tosse por mais de três semanas) pode ser realizada por todos os profissionais das equipes de saúde e em todos os lugares”, disse a enfermeira.
O acompanhamento dos números mostra que, infelizmente, o paciente é diagnosticado em unidades hospitalares após ter sido internado e não na atenção básica. Dos 89 casos de tuberculose notificados na cidade em 2016, foram 42 em mulheres e 47 em homens.
![]() |
As unidades de destaque foram a USF (Unidade Saúde da Família) Vila Real e UBS Costa e Silva |
Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário