quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Câncer de próstata: Saúde faz palestras, dinâmicas e abordagens em empresas e instituições

Na manhã desta quarta-feira (22), ação foi realizada na Marcon Indústria Metalúrgica

Com diferentes abordagens, a informação sobre o câncer de próstata é intensificada em empresas, instituições e locais públicos de Marília durante este mês. O “Novembro Azul” conta com ações da Secretaria Municipal da Saúde, por meio do grupo técnico e das unidades de saúde da rede nos bairros. Até o final do mês, uma série de palestras, dinâmicas e abordagens está programada.

Nesta quarta-feira (22), a equipe da Saúde do Adulto esteve na Marcon Indústria Metalúrgica, para abordagem aos trabalhadores, entrega de material e orientação. Neste ano, a empresa optou por uma ação diferente das tradicionais palestras.


Todos os funcionários foram convidados a fazer fotos, em um painel, com um adereço (bigodão símbolo da campanha Novembro Azul). Em seguida, todas as fotos formaram um mural, onde cada trabalhador pode dar até cinco “curtidas”, com adesivos ao estilo Facebook.

Quem tiver mais curtidas, leva para casa um prêmio da empresa. A iniciativa tem como objetivo desmistificar o tema, de maneira divertida. Funcionou, na opinião do funcionário Edmilson Cardoso de Sá, de 37 anos. “Achei muito interessante porque as pessoas podem obter mais conhecimento, sobre o assunto. Hoje em dia, essa questão do câncer está muito séria”, disse.


Jonathan Henrique de Oliveira dos Anjos, 24 anos, também trabalhador da empresa, acredita que, de uma maneira lúdica, o estigma diminui. “É melhor levar na brincadeira, porque o preconceito é grande. A gente acaba absorvendo a informação melhor do que numa palestra”, acredita.

AZUL PARA A PREVENÇÃO

Deste o início do mês, uma série de ações já foi realizada pela equipe de Atenção à Saúde do Adulto, coordenada pela enfermeira Aline de Freitas Miranda Lima e pelas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e USFs (Unidade Saúde da Família). 


Entre as atividades, abordagens em parceira com a Unimar no Terminal Urbano; palestras em indústria de alimentos (ZDA), com o Sindicato dos Químicos de Marília e Região e Cerest; roda de conversa no Hospital Espírita, com a intermediação da Secretaria Municipal de Direitos Humanos.

Na agenda, ainda estão previstas uma palestra com a presença de profissional médico da rede municipal na Penitenciária de Marília (para sentenciados e funcionários), além de outros eventos que ainda estão sendo definidos nesta semana.

ATENDIMENTO EM MARÍLIA

Em uma das 12 UBSs e 37 USFSs, a população masculina pode fazer a prevenção. Basta uma consulta médica, que poderá ser seguida do exame PSA (Antígeno Prostático Específico).

Trata-se de um exame de sangue simples feito em laboratório e que serve para diagnosticar alterações na próstata como prostatite, hipertrofia benigna da próstata ou câncer de próstata, por exemplo. O médico da unidade não realiza o toque prostático.

Porém, a partir do resultado do exame sanguíneo, é feito o encaminhamento para o urologista. O atendimento é feito na Policlínica da Secretaria Municipal da Saúde, que funciona na zona oeste da cidade. O número de vagas tem suprido a demanda satisfatoriamente e a espera na agenda varia entre 30 e 60 dias.

Médico Valdir Marin, profissional da rede de Saúde do município

Médico Valdir Marin atende na clínica do município e acredita que a busca pelo serviço poderia ser maior. “Nesse atendimento especializado, é feito o exame de toque. Ainda existem muitos preconceitos, mas o exame é muito rápido, indolor, simples e o mais importante, pode salvar vidas. Tem gente morrendo hoje por acreditar que é possível fazer a prevenção apenas com o PSA”, disse o médico.

PSA elevado, com detecção de nódulo, gera pedido imediato de biópsia. “É um exame de custo elevado, que antes era muito difícil fazer pelo SUS aqui na cidade, mas hoje, felizmente, a Secretaria Municipal da Saúde libera 20 vagas por mês, um volume suficiente para a demanda e que está nos permitindo atendimento e diagnóstico precoce”, disse.

Homens negros ou com predisposição genética (casos de câncer na família) mais susceptíveis à doença, independente da idade. Em geral, a partir dos 45 anos, qualquer homem, tem recomendação médica para o exame. A frequência das visitas ao médico varia de acordo com os resultados.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Carlos Rodrigues e Júlio César de Carlis

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