sexta-feira, 19 de maio de 2017

Luta Antimanicomial é tema de evento em Marília

Oficina de dança; atividades de integração entre pacientes, 
profissionais e diferentes serviços
Secretaria Municipal de Saúde Marília participou com o CapsI Catavento (infantil) e Caps Conviver

A Luta Antimanicomial, um movimento que tem data definida no calendário do Ministério da Saúde (18 de maio), foi lembrado pelos serviços de Marília que atuam na saúde mental. Encontro nesta quinta-feira, organizado pela residência multiprofissional do Caps AD (Álcool/Drogas), reuniu dezenas de pacientes e profissionais de saúde no Espaço Cultural.

A Secretaria Municipal de Saúde de Marília possui duas unidades do Caps (Centro de Atenção Psicossocial): o Conviver e o Catavento. O primeiro é especializado no atendimento a adultos, exceto à dependência de álcool e outras drogas. Já o segundo atende crianças e adolescentes.

Oficina proporciona atividade terapêutica
O evento desta quinta-feira contou com ainda com a participação do HEM (Hospital Espírita de Marília) e o apoio do Programa Municipal de Saúde Mental. Por sugestão dos próprios pacientes, o encontro deste ano recebeu o título “O outro lado da loucura: uma luta que liberta muitos”.

O objetivo é chamar a atenção para as novas práticas de atendimento psiquiátrico, como os serviços substitutivos (Caps) e os ambientes terapêuticos multiprofissionais que, mesmo com o regime de internação, diferem dos antigos manicômios.

Em alguns destes ambientes, o paciente pode exercer maior autonomia e têm poder de decisão, por exemplo, na organização da moradia, alimentação, opções de recreação, atividades de socialização e participação no autocuidado. Assim é possível resgatar a autoestima e desenvolver autonomia.

Simone Alves Cotrim Moreira, coordenadora do Programa Municipal de Saúde Mental, afirma que a Luta Antimanicomial é uma pauta nem sempre valorizada, mas muito importante para a sociedade. “A discussão em torno desse tema precisava ser ainda maior”, acredita.

No evento organizado pelo Caps AD, após a apresentação e roda de conversa, foram abertas oficinas de dança, produção de flores artesanais, pintura em tela, entre outras. Os pacientes puderam circular pelas oficinas e envolver-se com outros serviços.

“Estamos aproximando os profissionais e resgatando em Marília um trabalho que, pelo que sabemos, já foi bastante intenso. Há hoje um coletivo que discute a Saúde Mental na cidade, mas ainda podemos avançar e envolver mais a sociedade com o tema”, finalizou a psicóloga Hellen Janvitz, que integra a equipe de Residência Multiprofissional em Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Marília.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Divulgação

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