quinta-feira, 30 de novembro de 2017

NOVEMBRO AZUL: Saúde encerra mês da Saúde do Homem com ações em empresas, UBSs, USFs e locais públicos

Atividade física e orientações, em unidade da saúde de Marília
Abordagens aconteceram em indústrias metalúrgicas e de alimentos, penitenciária, terminal urbano e outros locais com grande concentração do público masculino

O mês da saúde do homem, lembrado nacionalmente como Novembro Azul, termina em Marília com amplo envolvimento de profissionais de saúde, iniciativa privada e população em geral. Penitenciária e empresa de alimentos na zona sul da cidade foram os mais recentes locais visitados, nesta semana, por equipes da Secretaria Municipal da Saúde. A principal orientação é sobre o câncer de próstata, porém, o momento é oportuno para abordagem mais ampla sobre os cuidados com a saúde masculina.

Atividade em empresa alimentícia da cidade
As ações coordenadas pelo município envolvem o grupo técnico da Saúde do Adulto, UBS (Unidades Básicas de Saúde) e Programa ESF (Estratégia Saúde da Família), por meio das equipes das unidades e dos profissionais do Nasf (Núcleo de Apoio ao Programa Saúde da Família).

Também fazem parte acadêmicos de várias instituições, participantes dos programas de residência multidisciplinar. As iniciativas envolvem ainda associações, lideranças da comunidade e profissionais da saúde voluntários, como o médico geriatra Valdeci Rigolin.

A enfermeira Aline de Freitas Miranda Lima, responsável pela área de Atenção à Saúde do Adulto, explica que as iniciativas são organizadas pelas próprias unidades, com liberdade para a estratégia mais eficaz em cada comunidade.

“Aumentamos, de forma considerável, a divulgação sobre a saúde do homem em geral. Para atender essa demanda, foi feita intensificação das consultas médicas visando a prevenção. Ao longo do mês, teve roda de conversa, palestra com médicos e outros profissionais, visitas, panfletagem, enfim, em cada situação uma estratégia diferente para alcançar o objetivo de promover saúde”, disse.

ATENDIMENTO EM MARÍLIA

Em uma das 12 UBSs e 37 USFSs, a população masculina pode fazer a prevenção. Basta uma consulta médica, que poderá ser seguida do exame PSA (Antígeno Prostático Específico).

Trata-se de um exame de sangue simples feito em laboratório e que serve para diagnosticar alterações na próstata como prostatite, hipertrofia benigna da próstata ou câncer de próstata, por exemplo. O médico da unidade não realiza o toque prostático.

Porém, a partir do resultado do exame sanguíneo, é feito o encaminhamento para o urologista. O atendimento é feito na Policlínica da Secretaria Municipal da Saúde, que funciona na zona oeste da cidade. O número de vagas tem suprido a demanda satisfatoriamente e a espera na agenda varia entre 30 e 60 dias.

Médico Valdir Marin atende pelo SUS na Policlínica do município, na zona oeste da cidade

Médico Valdir Marin atende na clínica do município e acredita que a busca pelo serviço poderia ser maior. “Nesse atendimento especializado, é feito o exame de toque. Ainda existem muitos preconceitos, mas o exame é muito rápido, indolor, simples e o mais importante, pode salvar vidas. Tem gente morrendo hoje por acreditar que é possível fazer a prevenção apenas com o PSA”, disse o médico.

PSA elevado, com detecção de nódulo, gera pedido imediato de biópsia. “É um exame de custo elevado, que antes era muito difícil fazer pelo SUS aqui na cidade, mas hoje, felizmente, a Secretaria Municipal da Saúde libera 20 vagas por mês, um volume suficiente para a demanda e que está nos permitindo atendimento e diagnóstico precoce”, disse.

Homens negros ou com predisposição genética (casos de câncer na família) mais susceptíveis à doença, independente da idade. Em geral, a partir dos 45 anos, qualquer homem, tem recomendação médica para o exame. A frequência das visitas ao médico varia de acordo com os resultados.

Texto: Carlos Rodrigues
Fotos: Júlio César de Carlis

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