sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Saúde municipal vai trabalhar neste sábado em seis áreas da cidade para controle do Aedes


Serão visitadas residências nos territórios das UBSs JK, Planalto, Alto Cafezal e USFs Aniz Badra, Clínica da Família e Parque dos Ipês

Moradores nos bairros que integram os territórios das UBSs (Unidade Básica de Saúde) JK, Planalto, Alto Cafezal e USFs (Unidade Saúde da Família) Aniz Badra, Parque dos Ipês e Clínica da Família Jóquei Clube/Santa Paula/Marajó recebem, neste sábado (02), a visita de agentes de saúde.

A mobilização aos sábados prossegue com esforço do município de Marília, em parceria com os servidores (banco de horas), após a conclusão da parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. A iniciativa que cobrirá toda a cidade faz parte da estratégia local para redução das pendências, ou seja, de imóveis não verificados pelo controle de endemias.

A ausência ou recusa dos moradores inviabiliza todas as ações, das mais simples, como a entrega de material de divulgação e verificação de criadouros, às mais complexas como bloqueio por nebulização e busca ativa de sintomáticos.

Nesta semana, a Vigilância Epidemiológica lançou um alerta. Em alguns bairros da cidade, o total de imóveis inacessíveis chega a 60%. É o caso do Santa Antonieta, Aniz Badra e Castelo Branco (zona norte); Parque dos Ipês e Nova Marília (zona sul) e Aeroporto (leste).

A supervisora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Alessandra Arrigoni Mosquini, lembra que em uma semana, foram seis novos casos confirmados, por toda a cidade, o que indica risco de transmissão independente da região.

“A maneira mais eficiente de combatermos a dengue e as outras doenças relacionadas ao Aedes é a eliminação dos criadouros. Quando temos um caso positivo, precisamos fazer a nebulização, o que está ficando inviável com essa alta pendência”, alertou.

Ainda conforme a supervisora, em grande parte das pendências é observada a recusa no acesso. “Os profissionais são devidamente identificados e seguem um protocolo, durante esse atendimento. A vistoria é realizada junto com morador, com o objetivo de orientar. Se a pessoa está em casa e não abre a porta, pode estar colocando em risco a saúde coletiva”, destacou.

MAPA EPIDEMIOLÓGICO

O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça-feira (28), resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRa), que indicou 1.139 municípios do país em situação de alerta. Isso significa que entre 1% e 3,9% dos imóveis locais tinham larvas. 

O levantamento classificou 2.450 municípios como “satisfatórios” por apresentarem percentual menor de 1% para presença de larvas. Foi o caso de Marília, porém, não há nenhum motivo para esmorecer nas ações de combate. 

“Esse índice é um parâmetro importante, mas ele sofre alteração muito rápida, em função de fatores diversos, como a chuva e a efetividade das ações de controle. Esse combate tem que ser feito tanto pelo Poder Público quanto pela população em geral. Não existe solução se o trabalho for unilateral”, destacou Alessandra.

Com os seis novos casos, em 2017 o município de Marília soma 41 casos confirmados de dengue Não houve nenhum óbito confirmado pela doença. Não há notificações de zika e chikungunya.

Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Divulgação

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