quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Câncer de Mama: Equipes de três unidades de saúde e Nasf fazem ação integrada na zona norte


Aula de zumba, depoimentos, orientações sobre saúde e cidadania à mulher com câncer foram algumas das atividades

Para concentrar esforços e ampliar resultados, nas ações de incentivo ao diagnóstico precoce e prevenção ao câncer de mama, três unidades de saúde da zona norte de Marília e o Nasf (Núcleo de Apoio às Unidades Saúde da Família), promoveram uma ação integrada no salão da Paróquia Sagrado Coração de Jesus. O Outubro Rosa na comunidade, aconteceu na manhã desta terça-feira (23) e contemplou cerca de dez bairros.

Aula de zumba, depoimentos de mulheres que lutam contra a doença, orientações sobre saúde e roda de conversa sobre direitos no SUS (Sistema Único de Saúde) foram algumas das atividades. Cerca de 200 pessoas, incluindo moradoras nos territórios da UBS (Unidade Básica de Saúde) JK, e USFs Jânio Quadros e Aniz Badra, participaram do encontro que terminou com um café da manhã.

Educadora Física Aline Cardoso, com a aposentada Marília de Dirceu
A aposentada Marília de Dirceu da Cunha, de 79 anos, aprovou a programação. Para quem chegou à maturidade antes da instalação do programa ESF e sua política integral, esse tipo de iniciativa é uma novidade, possibilitada pelo modelo de saúde que aproxima profissionais e usuários.

“Antigamente, a pessoa morria e ninguém nem sabia o que foi que matou. Hoje está tudo mudado e existe tratamento, então é muito importante ter essa conversa. Se dá pra tratar, então porque ficar em casa sem saber o que está acontecendo?”, questiona a idosa.


A informação que Marília de Dirceu agora recebe é compartilhada com os familiares e, além de orientá-la, também deixa em alerta as novas gerações. A estratégia de aproximar a comunidade dos serviços da rede básica é uma das diretrizes do programa e está entre as prioridades da Secretaria Municipal da Saúde de Marília.

Para isso, as ações na rede são diversificadas, conforme explica a enfermeira Thais Moura Leati, do JK. “É muito importante que o usuário acesse os inúmeros serviços que as unidades oferecem, mesmo quando ele não está com sintomas de nenhuma doença. A prevenção é o melhor remédio”, alerta.

Sob a orientação da educadora física Aline Cardoso de Almeida, as mulheres presentes ao evento tiveram uma amostra das aulas que acontecem semanalmente nas unidades. A assistente social Mariana Vidoto destacou aspectos da seguridade social, direitos dos pacientes com diagnóstico da doença. No evento, também foram expostos produtos feitos nos grupos de artesanato. 

ENCARANDO DE FRENTE


Uma maneira de compreender melhor o processo de diagnóstico/tratamento/cura do câncer foi o bate papo com as voluntárias do Grupo Amigos do COM (Centro de Oncologia de Marília). A associação surgiu do esforço de médicos, funcionários, pacientes, ex-pacientes e familiares tratados na Santa Casa de Marília (cirurgia e quimioterapia) e Hospital das Clínicas (radioterapia).

No encontro na zona norte, a comerciante Madalena Colombo Abdo, de 56 anos, relatou seu caso. Ela recebeu o diagnóstico em 2014 e conta que jamais deixou-se abalar e encarou o tratamento com determinação. “Neste mesmo ano fiz a quadrantectomia (retirada de ¼ da mama), oito sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia. Senti muitos efeitos colaterais, mas em momento algum desanimei”, conta.

Hoje a comerciante faz parte da associação e está entre os ativistas engajados na Campanha Outubro Rosa em Marília. O grupo já esteve em várias unidades de Saúde da rede básica, reforçando a importância do diagnóstico precoce.

Texto: Carlos Rodrigues

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